San Francisco é aquele tipo de cidade como o Rio de Janeiro, em que sempre é um grande prazer retornar. Esta cidade é algo inexplicável. É mágico caminhar pelas ruas de prédios modernos e carros luxuosos disputando espaço com os velhos bondinhos (os famosos cable cars) e prédios históricos. Por qualquer lugar onde se caminha, você fica encantado, seja com a cidade e sua beleza indescritível, ou com as pessoas. Em nenhuma outra cidade no mundo você vai encontrar tanta gente diferente em pouco espaço. Não é à toa que é considerada uma das cidades mais cosmopolitas do mundo.
Já comecei a postar fotos desta viagem no meu gallery.
A viagem de Washington DC para cá foi bem tranqüila, embora um pouco longa, 5h30min. Cruzar este país de costa à costa é uma longa jornada. Meu vôo estava marcado para às 7h15 na segunda-feira (14). Como precisava sair do hotel em Bethesda pouco antes das 5h, minha única opção de transporte nesse horário foi táxi. A porrada foi US$ 70,00, porque como disse antes, o aeroporto Dulles é bem longinho, já no estado vizinho, Virgínia.
Cheguei no aeroporto 5h15, duas horas antes do embarque. Pouca gente no check-in, fui atendido prontamente. Achei muito interessante o esquema de check-in da United Airlines. Você faz tudo eletronicamente, como nos check-ins sem bagagem no Brasil, e logo em seguida um atendente vem apenas para registrar a bagagem. Prático e rápido. Estava um pouco cansado, pois havia dormido pouco, mas nada que um bom café não tenha resolvido. 6h35 começou o embarque. 7h15 pontualmente o avião deixou o portão. 7h27 o Boeing 757 corria pela pista 19L.
Dormi boa parte da viagem, mesmo embora eu quase nunca consigo dormir em aviões. Acordei quando estávamos nos aproximando das Montanhas Rochosas. A última vez que eu tinha cruzado o país inteiro de dia, meu vôo partiu de Miami, então cruzamos o deserto do Arizona. Cruzar pelo norte do país é muito mais bonito, porque se vê bem as montanhas cobertas por neve. No início deste ano estive num vôo entre São Paulo e Lima, no Peru, também diurno. Cruzar a Cordilheira dos Andes é simplesmente sensacional. Mesmo com o avião nivelado a uns 10 km de altura (em relação ao nível médio do mar), você tem a sensação que vai bater nos picos. Então, não fiquei muito impressionado com as Rock Mountains.
Às 9h48 (hora do Pacífico), aterrissamos com um pouco de vento na pista do 28L do aeroporto internacional de San Francisco (SFO), três minutos depois do previsto. A diferença de horário para Washington DC é de três horas, então eram 12h48 naquela cidade. Saí da costa leste abaixo de muito calor, e como já era de se esperar, San Francisco estaria um pouco frio, como acontece no ano inteiro. Pouco antes de aterrissar, o piloto anunciou 61 graus fahrenheit, algo como 16 graus célsius. Eu, bem prevenido, já vinha com um blusão de lã na bagagem de mão. De fato precisei dele.
Peguei minha mala e fui para a estação do BART (Bay Area Rapid Transit), o metro que liga o aeroporto a San Francisco e outras cidades da Bay Area. Meu destino seria a estação que fica na Powell Street, no centro da cidade. A viagem custou US$ 5,15. Uns 15 minutos de viagem e já estava no centro. O hotel Villa Florence, onde estou hospedado, fica apenas a duas quadras da estação, então cheguei bem rápido.
Quando cheguei no hotel, encontrei na recepção meu amigo Luis Aguilar, nosso parceiro de negócios aqui nos EUA, que dividiria o quarto comigo. Conversamos um pouco, deixei minha bagagem no quarto e fomos até o Moscone Convention Center para retirar os crachás da LinuxWorld. A montagem estava andando rápido, embora não podíamos entrar. A exibição abriria apenas na terça-feira. Em 2003 consegui entrar no dia de montagem porque furamos a fiscalização. Este ano não deu para fazer o mesmo. 🙂
Voar para oeste é uma coisa complicada, porque você fica com um jet lag terrível. No fim da tarde desse dia eu já estava morto de sono, porque minha cabeça estava em outro fuso horário e um vôo longo é sempre cansativo.
Feliz por estar novamente em San Francisco e reencontrar vários amigos, fui deitar para estar bem descansado para a terça-feira, que seria uma longa jornada.