Dias seguintes em Lima

Na quarta-feira, dia 13, só tínhamos compromisso à tarde, que seria a última palestra de Tatiana no CONEIS. Como tínhamos a manhã livre, almoçamos e passeamos um pouco por Miraflores, região onde estávamos hospedados.

Até esse dia, não tínhamos nada de moeda local ainda, pois o evento estava cobrindo todas as nossas despesas de alimentação. A facilidade de trocar dólares ou euros no Peru é incrível. Há inclusive gente ambulante na rua fazendo câmbio. O dólar circula oficialmente na economia. É possível inclusive sacar dólares em qualquer caixa automático.

Almoçamos pela Av. José Larco, que é uma avenida onde ficam vários comércios de Miraflores. No início dessa avenida, junto ao Oceano Pacífico, fica um centro comercial chamado Larcomar, que é bastante interessante. Embora Lima seja uma cidade na beira do mar, boa parte dela está em torno de uns 100 metros de altitude. Essa camada de rochas vai até o oceano praticamente. O Larcomar foi construído justamente nessa encosta. Você entra pelo andar mais alto e vai descendo. Há vários restaurantes, lojas, museus, cinemas, etc. A vista é fantástica. No álbum de Lima há algumas fotos tomadas aí. Uma pena que Lima nesta época está sempre cinza. A umidade é muito alta, pois as nuvens estão mais baixas que as cordilheiras e ficam trancados sobre Lima.

Às 16h30 foi a palestra da Tatiana sobre o InVesalius. O pessoal ficou bastante interessado com a solução, e também bastante curioso com os modelos de prototipagem rápida apresentados, como pode ser visto nas fotos do evento.

Nossa participação no evento terminou nesse dia. Nos agradeceram a participação formalmente e nos presentearam com um bonito troféu de vidro.

Na noite da quarta-feira fomos com Daniel até a Asociación Cultural Brisas del Titicaca, que é um clube bastante tradicional de Lima, onde se pode ver várias danças típicas. Vimos vários tipos de danças provenientes de diversas regiões do Peru. A dança mais típica do país é a Marinera, que pode ser vista no vídeo a seguir:

Fiquei impressionado com a habilidade do garoto. Depois daí, nos despedimos de Daniel, que viajou para Tacna, sua região natal, no dia seguinte.

A quinta-feira, dia 14, foi um dia todo livre em Lima. Fomos visitar o sítio arqueológico Huaca Pucllana, que fica em Miraflores, a uns 15 minutos de nosso hotel, caminhando. Coordenadas: 12° 6’40.70″S 77° 1’59.60″W. Huaca Pucllana é um sítio da Cultura Lima, que viveu entre os anos 200 e 700 depois de cristo, bem antes dos Incas. Parte do que eles construíram foi preservado nesse complexo. Os Limas foram uma das várias sociedades que existiram no Peru. Clique na foto ao lado para ver o álbum que fizemos aí.

Tatiana perguntou aí que outros lugares seriam interessantes de a gente conhecer em Lima. Nos recomendaram o Parque de la Reserva, que teria um espetáculo interessante de águas. Pegamos um táxi com um senhor muito simpático depois de perguntar se ele sabia onde ficava o tal lugar e negociar o preço. Ele nos comentou que o tal parque era bastante e bonito e tal. Não sei o que se passou pela cabeça do velho, mas ele nos deixou em outro parque, o Parque de La Exposición (12° 3’44.70″S 77° 2’10.08″W). Como a gente não sabia, saímos caminhando por aí e não achamos nada de interessante com água. Alguns minutos depois, perguntamos a um policial, que nos disse que estávamos no lugar errado. A sorte que o outro parque era perto, então fomos caminhando.

Entre um parque e outro, fica o Estádio Nacional (12° 4’2.39″S 77° 2’1.26″W), que é geralmente onde acontece os jogos da seleção peruana. Tentamos entrar para ver o campo, mas todos os portões estavam fechados.

Finalmente conseguimos chegar no Parque de La Reserva (12° 4’15.31″S 77° 1’58.54″W), onde fica o Circuito Mágico del Agua. O local foi construído há um ano e possui uma infinidade de jatos de água ornamentais. Pra quem curte água, vale a pena visitar. O negócio é muito bonito, especialmente à noite, quando eles misturam tudo isso com iluminação colorida, inclusive com efeitos de raios laser, tudo ao som de música clássica de fundo. É também um belo lugar para um bom desafio fotográfico. Fotografar água é super interessante, pois dependendo da velocidade do obturador, você extrai fotos completamente diferentes. Como você pode ver nas fotos que eu tomei, a maioria foi feita com velocidade baixa, em torno de 1/10s, para realçar o movimento da água. Na correria de viajar, esqueci o tri-pé da câmera em casa. Com ele, teria feito fotos espetaculares. 🙁

Saímos do parque à noite e fomos jantar na famosa Calle de Las Pizzas, em Miraflores, onde várias pizzarias e outros restaurantes ficam lado a lado disputando os clientes, na sua grande maioria turistas, como nós.

Na sexta-feira, dia 15, voamos para Cusco, assunto do próximo post.

Abraços.