A visita a Beijing foi muito mais por motivos turísticos do que de trabalho, embora tínhamos uma atividade profissional programada para a cidade. Como nosso roteiro na China foi elaborado por uma empresa chinesa, eles fizeram questão que o grupo conhecesse a capital. Fizeram certo, pois todos gostaram muito.
No dia 6 de abril, nossa primeira atividade pela manhã foi visitar a Grande Muralha. Seguramente esse era o momento turístico mais esperado da viagem, pois a muralha é o principal cartão postal do país. O trecho da muralha mais próximo de Beijing fica a uns 60 km à noroeste do centro da cidade. Naturalmente, o que podemos ver da muralha é completamente insignificante comparado ao tamanho que de fato ela é. Mais de 6000 km foram construídos e boa parte ainda está preservada ao longo do país.
Como a muralha era um sistema de defesa, ela foi construída sempre buscando o topo das montanhas, ao invés de circundando elas, como se faria em uma construção de estradas, por exemplo. O trecho que visitamos em Beijing é uma dessas subidas. A muralha na verdade é composta por dois muros com 7-9 metros de altura e uma escadaria no meio com uns 5 metros de largura. A cada pouco há guaritas, que eram usadas como postos de controle.
Eu não sei exatamente quantos metros andamos nem quantos degraus subimos, mas foi muito! O que eu sei é que o ponto mais baixo, onde começamos a subida, estava a uns 100 metros de altitude. A última guarita que eu cheguei estava a 510 metros. Ainda dava para subir e ver mais duas guaritas, mas meus joelhos não aguentavam mais. Na verdade, a coisa nunca termina, pois você atravessaria o país buscando a próxima guarita. 🙂
Independente do esforço físico, vale muito a pena visitar. Não só por se tratar de um dos maiores cartões postais do mundo, mas principalmente para estar diante da grandiosidade que foi construir mais de 6000 km de uma linha de defesa, e tudo isso há mais de 2500 anos. É impressionante!
E para compensar o esforço, você leva (por apenas RMB 40,00) um certificado de que chegou lá:
Outra coisa que eu acho muito interessante de visitar esse lugares muito famosos é que você encontra gente de tudo que é canto do mundo. Outros lugares onde observei muito isso foi em Machu Picchu no Peru, Times Square em New York, Cristo Redentor e Pão de Açúcar no Rio de Janeiro. A diferença na muralha é que está todo mundo tão acabado e parando para descansar, que dá para conversar com muita gente. Uma senhora de 65 anos, muito saudável e simpática, nos ouviu falando português e nos abordou maravilhada. Ela era de Portugal e estava viajando sozinha pela Ásia havia mais de 2 meses. Ainda ia para as Filipinas e Indonésia, para depois voltar para casa. Achei muito genial. Quero chegar aos 65 com essa disposição. 🙂
Veja o álbum de fotos que tomei na muralha.
No próximo post, Cidade Proibida, Praça da Paz Celestial e Parque Olímpico.