A conferência terminou no Google pouco depois do meio-dia no sábado. De lá, partimos direto para a baía Monterey, na cidade de Santa Cruz, que fica a uns 60 km ao sul de Mountain View (ver mapa). Paramos em Santa Cruz para almoçar no peer da cidade. Encontramos um restaurante bacana de frutos do mar, onde comemos uma excelente sopa de frutos do mar. Aí comecei fazer as primeiras fotos do álbum Monterey.
Logo depois do almoço, dirigimos mais uns 70 km até a cidade de Monterey (ver mapa), conforme havíamos combinado desde o início da viagem. Monterey é muito famosa nos EUA por ser o lugar preferido dos artistas para ter casas de veraneio. É um dos metros quadrados mais caros do país. A paisagem é muito bonita e me lembrou bastante Punta del Este. As casas são espetaculares, muitas com vista pro mar e com uma área verde muito grande.
Nossa razão de ir até Monterey era jantar no Mission Ranch, um rancho muito famoso que pertence a Clint Eastwood. No lugar, há um hotel e um belo restaurante, com uma vista incrível de todo o rancho. Assim que chegamos a Monterey, fomos no restaurante para fazer a reserva para a mesma noite.
O restaurante na verdade fica na cidade Carmel-by-the-sea (mais conhecida como apenas Carmel), uma cidadezinha pequena logo ao lado de Monterey. Como tínhamos ainda algum tempo, fomos passear pelo centro da cidade, e sem querer ficamos sabendo que estava havendo naquela tarde um Concours d’Elegance, que é uma espécie de competição de donos de carros luxuosos, inclusive com juri. Dessa vez a competição era entre carros italianos. Na ocasião, tinha mais de 1000 (sim, mil) donos de carros italianos, entre outras raridades não necessariamente italianas. Se via por todo lado Ferrari, Lamborghini, Porsche, Bentley, Rolls Royce, os modelos mais caros de Mercedes Benz e BMW, entre outros.
Na galeria de Monterey dá para ter uma boa noção dos bólidos que vimos por aí. Fiz também dois vídeos (7,6 MB cada um) bem legais, quem podem ser vistos na mesma galeria. Como minha câmera pode bater fotos enquanto estou filmando, nota-se alguns cortes no meio do vídeo, que é o momento que a câmera parou de filmar para tomar a foto. Nada que atrapalhe muito porém.
Fomos para o Mission Ranch, onde tivemos uma janta excepcional acompanhada de um belo vinho. O local é muito interessante, bem com ar de fazenda, ambiente aconchegante e uma vista muito legal. Talvez aquele tipo de lugar meio que único, que mesmo sem saber por que, você se sente bem estando aí. Nunca tive muita vocação para coisas não-urbanas, mas talvez eu tenha que rever essa minha posição. Sinto um bem-estar interessante quando estou em áreas abertas, com muito verde por todo lado.
Na saída da janta, percebemos uma quantidade um pouco anormal de Ferraris no estacionamento. E não parava nunca de chegar mais e mais Ferraris. Logo descobrimos o motivo. A confraternização do Concours d’Elegance era no mesmo restaurante que estávamos, porém numa área reservada para os endinheirados. Aí tive a oportunidade de tomar uma série de fotos de vários modelos que estavam pelo estacionamento. O mais interessante é que a maioria dos ferraristas devia ter mais de 60 anos. Conversamos por uns 15 minutos com um deles, dono de uma bela Ferrari 355GT vermelha, senhor muito gente fina, que nos falou mais sobre o concurso. Ele falou que já tinha ganho bastante dinheiro na vida e que esses carros são uma grande paixão. Essa 355GT já é a sua segunda Ferrari.
Saímos do restaurante e dirigimos uns 170 km até o aeroporto internacional de San Francisco, onde entregamos o carro às 21h. Às 0h25 estaríamos voando para Detroit, então tínhamos bastante tempo no aeroporto. Após entregar o carro, nos despedimos de Anselm, que voltou para San Francisco para ficar mais alguns dias antes de ir pra Alemanha. Fizemos o check-in no balcão na Northwest Airlines e fomos para o lounge que eles têm no aeroporto. Como o James é cliente freqüente, ele tem acesso à sala vip e pode levar os amigos. 🙂 Descansamos aí até a hora do embarque.
O embarque começou no horário correto, mas depois de todo mundo embarcado, o piloto avisou que tinha uma luz acusando algo errado na cabine. Parece que era algo em uma das janelas. Ficamos mais de uma hora esperando dentro do avião até que a manutenção o liberasse. Fomos decolar 1h40 com 1h15min de atraso. O vôo estava programado para durar 4h29min, mas fizemos em 3h45min, porque voar para leste é normalmente mais rápido por causa dos ventos a favor. Aterrissamos no Detroit Metro Airport (DTW) às 8h25 pelo hora local (hora do leste / GMT-4). Deixamos Jim Glutting em sua casa próximo ao aeroporto e viemos para Waterford, que fica a uns 60 km a noroeste do centro de Detroit, onde mora James McQuillan.
Vou ficar aqui na casa do James até sexta-feira (25), onde começo minha viagem de volta para o Brasil, passando novamente por Washington DC.
Quarta-feira (23) vamos viajar de carro até Chicago, uns 450 km daqui, com o único propósito de jantar na Churrascaria Fogo de Chão, famosa churrascaria portoalegrense que possui seis restaurantes nos EUA. Como eu não conheço Chicago ainda, vai ser uma oportunidade interessante de conhecer mais uma grande cidade.