A cidade das mangueiras

Estive na última semana, pela primeira vez, no estado do Pará, para fazer um serviço em um cliente na capital Belém, conhecida como a Cidade das Mangueiras. Viagem rápida, indo quarta-feira e voltando no sábado. Praticamente não ia dar pra ver nem conhecer nada.

Chegando lá, entrei em contato com meu amigo Reinaldo. Saímos pra tomar um chopp na quinta-feira à noite e encontramos por acaso com uma amiga dele, Lucy e suas primas Claryce e Karlla. Já tinha companhia para os próximos dias. Todos estariam livres no sábado e surgiu a possibilidade de irmos visitar umas praias. Em função disso, remarquei minha volta para o domingo.

Mosqueiro, Belém
Mosqueiro, Belém

Sábado fomos visitar a ilha de Mosqueiro, que faz parte do município de Belém. Veja no Google Maps bem onde fica. Bastante interessante, com praias em todo o contorno da ilha, que é banhada em boa parte pela Baía de Marajó, que faz parte do Delta do Amazonas. É nessa região que o imenso Rio Amazonas se encontra com as águas do Oceano Atlântico. Como se pode observar no mapa, a região é cercada de ilhas e afluentes. Uma pena que não tive tempo para fazer algum passeio de barco.

Belém é a maior região metropolitana da Amazônia, com uma população total em torno de 2 milhões de habitantes (1,4 milhão no município). Embora seja uma cidade bastante grande, é apenas a 23ª cidade mais rica do Brasil, bastante atrás de Manaus, que ostenta a 7ª posição, graças ao pólo industrial. Mesmo assim, fiquei bastante contente em ver que a cidade está crescendo bastante. A construção civil está muito forte, e se houve falar muito disso por lá. Me chamou muito a atenção a altura dos edifícios. Uma construtora está em fase de acabamento de dois edifícios residenciais gêmeos de 40 andares cada, que vão ser as maiores torres da Amazônia. É bastante comum ver edifícios com mais de 30 andares. Com uma vista daquelas, não é de se admirar o porquê de tanta altura.

Moro há 7 anos em Porto Alegre, e desde muito antes que vim pra cá, escuto falarem da revitalização do cais do porto, que está abandonado. Uma área de uma vista lindíssima que poderia ser muito explorada para o lazer. Belém fez o dever de casa nessa parte. Criaram a Estação das Docas onde um dia foi o porto. Todos os armazéns foram restaurados, colocados paredes de vidro para os dois lados, e vários restaurantes e bares se instalaram por lá, algo que me lembrou bastante o Puerto Madero em Buenos Aires. Tudo foi feito com bastante elegância, simplicidade e segurança. E pelo jeito o povo aprovou, pois vive cheio.

Como não podia ser diferente, a culinária nessa região sempre impressiona, especialmente quem gosta de frutos do mar, como eu. Como peixe é luxo total no sul, aproveitei e almocei e jantei peixe todos os dias. Camarão lá tem por todo canto e feito de tudo quanto é jeito. Voltei certamente com uma overdose deles no organismo. Que me perdoem os Manauaras, mas em termos de culinária, Belém dá de dez a zero em Manaus.

Obviamente fiz várias fotos. Postei um álbum completo no meu Gallery e as melhores fotos no meu Flickr.

Voltei contente com a viagem. Além de ter cumprido a missão, fiz novas amizades bem legais e conheci um canto do Brasil que ainda não conhecia. Espero poder voltar em outra oportunidade.