O Sonho Americano – parte 2

Continuando a série de posts sobre a vida nos Estados Unidos, falo neste post sobre cultura, amizades, diversidade e imigração.

Leia também o primeiro post da série.

Vale lembrar que o meu objetivo com estes posts não é formar opinião de ninguém. Apenas quero contar as coisas a partir da minha perspectiva, vivendo aqui há mais de dois anos, e tendo visitado o país inúmeras vezes nos últimos 11 anos.

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O Sonho Americano

Uma das coisas que mais me perguntam no Brasil é se a vida nos Estados Unidos é “tudo isso mesmo”. Ou se estamos de fato vivendo o tal The American Dream, o sonho americano. Primeiro, não existe uma definição universal sobre isso. Para imigrantes, o termo geralmente significa que a vida nos EUA vai ser melhor que a vida no país de origem da pessoa. Se você quer saber melhor a origem do termo, leia na Wikipedia.

É difícil eu responder essa pergunta, porque é um assunto muito subjetivo. Eu vou desmembrar minha resposta em áreas de interesse, falando sobre coisas que são importantes pra mim.

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A oportunidade e o processo de contratação

Como eu falei no post em que anunciei nossa mudança para os EUA, eu sempre tive o sonho de viver no exterior, não necessariamente de forma permanente, embora eu também cogitasse essa possibilidade. Na mesma linha, eu sempre tive vontade de trabalhar com coisas de larga escala. Mesmo embora eu tenha trabalhado com alguns clientes grandes, eu nunca achei os desafios tão interessantes, com poucas exceções.

Em 2004, eu decidi por interromper por algum tempo a faculdade, porque eu estava viajando demais. Eu sempre fui um ótimo aluno e os professores realmente gostavam de mim, mas não tinha condições de conciliar os estudos com semanas a fio viajando. Eu estava rodando em matérias simplesmente por ausência. Hoje eu me arrependo muito de não ter terminado, não só pelo conhecimento, porque eu nunca parei de estudar, mas também pelo título. Em termos profissionais, o título não leva ninguém a lugar algum, com certas exceções, tipo concurso público, mas em termos de burocracia, o título é bem importante. Mais adiante explico por que.

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A Mudança para os EUA

Faz quase dois anos que não posto nada aqui, embora tenha prometido. Enfim, vou escrever um pouco sobre como foi nossa mudança e o início da vida por aqui.

Mudança é sempre um negócio complicado. Quando a gente se muda que a gente percebe quanta tralha a gente junta na vida. Uma mudança é sempre uma boa oportunidade pra se livrar de muita coisa. Porém, quando estamos mudando pra muito longe, normalmente é mais negócio se livrar de tudo, o que é assustador. Quando eu fui contratado, a empresa me ofereceu um determinado orçamento para custear a nossa mudança. Nós tínhamos certa liberdade para decidir como o orçamento seria usado. A prioridade máxima nesse orçamento foram as passagens aéreas. O resto a gente podia usar para enviar carga, excesso de bagagem, até 30 dias de hospedagem nos EUA, aluguel de carro e algumas outras despesas. Fizemos listas de coisas que ia gente ia dar, tentar vender e tentar levar. Uma empresa de transporte internacional nos visitou para orçar o queríamos levar. O orçamento foi 3x mais caro que o valor das coisas, então decidimos não levar quase nada.

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Porto Alegre, I’ll miss you

No próximo dia 10, depois de 4.100 dias (11 anos, 2 meses e 20 dias), estarei deixando esta bonita capital, que foi extremamente importante para o meu desenvolvimento pessoal e profissional.

Em julho de 2001, com apenas 20 anos, resolvi deixar o interior (Rio Grande) pra trás e reiniciar minha vida na “cidade grande”. Naquela época, eu já tinha bastante ambição e muita vontade de trabalhar com algo especializado na área de computação. Já fazia alguns anos que eu estudava e me virava muito bem em Linux e infraestrutura de redes, mas no interior e naquela época, era muito utopia querer trabalhar com algo especializado. O único jeito que eu conseguia ganhar dinheiro era instalando Windows, Office, consertando impressora, computador, removendo vírus, etc. Muito deprimente.

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